sexta-feira, 17 de abril de 2009

Durações

Pequeno post para vos informar que o próximo album dos The Mars Volta, Octahedron, vai ter 49:45 minutos (não confirmado) e as faixas vão ter a seguinte duração:

1 - Since We've Been Wrong - 7:20
2 - Teflon - 5:04
3 - Halo of Nembutals - 5:30
4 - With Twilight as My Guide - 7:52
5 - Cotopaxi - 3:38 (?)
6 - Desperate Graves - 4:56 (?)
7 - Copernicus - 7:22
8 - Luciforms - 8:21

EDIT - Ao que parece as durações primeiramente postas aqui estavam erradas. Vou agora actualizando este post à medida que haja informações concretas.

41 comentários:

pcr disse...

"Teflon" 2:50 .. o polímero não dá para mais :D

a "Halo of Nembutals" espero que seja uma tetragrammaton parte II

Joao Goncalves disse...

Também pensas como eu...

Este Octahedron parece ser o sucessor directo do Amputechture mas com o wacky-schizo prog do Bedlam. Portanto esperemos que a qualidade esteja no patamar do Amputechture! A sonoridade até podia ser parecida mas dúvido muito... 8 faixas e espero mesmo que essa Halo of Nembutals seja um "filho abortado" da Tetragrammaton, era bastante giro!

Jorge Vicente disse...

Eu nao quero ouvir Tetragrammaton II, quero ouvir Halo of Nembutals

Tiago disse...

Soa-me bem, a ideia de Bedlam+Amputechture. Sendo assim é de esperar uma cena superior ao Amputechture. Que assim seja. :) Se bem que Frances/Bedlam.. A ver..

Anônimo disse...

Espero é que tantos álbuns em tão pouco tempo não estrangulem a criatividade da banda.

André Forte disse...

agora é que eles se viraram para os dólares: assinaram pela Warner Bros. para este álbum e as músicas estão tão curtas que me parece, desde já, que não vou gostar do bicho.

E tenho mesmo de admitir: não me sentia tão pouco entusiasmado por um álbum de Mars Volta desde o De-loused (não conhecia a banda nessa altura).

António Pita disse...

Pensei o mesmo que dizes André, mas pareceu-me estranho terem saído da Universal se fosse para fazer dinheiro à bruta. E fui ver.

Na prática não sairam da Universal. A label é a Mercury que é subsidiária da Universal. Depois há o esquema com a Warner Bros. que ainda não percebi muito bem.

Acho que andam longe do "não queremos uma major" mas também não me parece para já um sell-out.

A curta duração acho que passa mesmo pelo facto de este ser um album mellow, o que eles chamam de O album acústico da banda.

Juliana disse...

Snif,
eles nos acostumaram mal,
agora vem com um album com menos de 50 min, isso é maldade!

Se bem q, qd eu vi duração das faixas do bedlam eu achei q wax simulacra seria como uma introdução pra uma maior (quase como tira me a las arañas) o q não foi assim,

é aguardar...
mas eu esperava MAIS kkk

Tiago disse...

Agora? Desde o De-loused que estão numa major. E se não fosse isso, não havia Rick Rubins, nem álbuns tão bem produzidos, nem tão boas condições, agora claro que o talento é o principal responsável.
Mas é perfeitamente normal e legítimo, que um gajo como o Omar ou o Cedric que andaram anos a dar no duro no underground, agora queiram fazer as coisas há séria.
De resto, não estou muito assustado, olho para o tracklist, tranquilo, durações, tranquilo. Tem tudo para ser um álbum à lá The Mars Volta, e isso tenho a certeza que irá ser. É difícil superar o Bedlam? É. Mas não duvido da integridade deles.
E aqui, está a maior das verdades, pelo senhor Cedric: "That's what our band does -- celebrate mutations."

Miguel Penetra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel Penetra disse...

Mudança e evolução é o que se quer. Querem uma banda que soe sempre ao mesmo? O Frusciante é duma banda assim :P Se o Omar e o Cedric fizeram tanta coisa que eu gosto( praticamente tudo, fora os albums do Omar so de noise) porque haveria eu dizer que nao vou gostar só porque é mais curto? O Cryptomnesia tem 36 minutos ou 38 e é lindo. É esperar para ouvir:] A capa é que é capaz de ser a pior das 5.

André Forte disse...

agora, para mim, sim. O de-loused pode ter saído por uma major mas é aquilo que marcou a identidade de mars volta enquanto tal. Ouvimos o resto e dizemos sempre "isto soa a Yes, isto soa a Van der Graaf, isto soa a King Crimson." Não que isso seja mau - é bom ver bandas com excelentes influências -, mas nunca é tão bom quanto ouvir a Cicratiz Esp e dizer "isto soa a Mars Volta."

Depois podemos sempre especular se um álbum acústico não é sinal de dólares (e apocalipse, eheh), e tudo o resto vem por arrasto (as músicas que mais apelaram às massas foram sempre as televators e as the widows).

E eu não vejo nada de pouco sério no underground (sei que não vais discordar disto, Tiago, mas tinha de aproveitar este buraquinho :P). Aliás, levo muito mais a sério as bandas em editoras pequenas do que em majors. E não me obriguem a fazer uma lista ^^

António Pita disse...

só vim aqui dizer que não acho o Bedlam nada parecido com nenhuma dessas bandas. pelo menos da mesma forma que o Frances ou o Amputechture.

e já agora acrescento: a Cotopaxi é uma senhora música acústica xD

Tiago disse...

Tudo verdades, André, nada a discordar. Os Volta têm uma identidade muito própria. E ainda fazem fusões novas, tipo usar a salsa.

Sim, podemos especular na boa, discutir trocar ideias. :)

Haha, eu não disse que era mais sério, pah!
Mas se há mais dinheiro, há mais hipóteses de teres melhores condições de fazeres o teu trabalho. Claro que depois há contratos fodidos, mas dependo dos casos, bandas, etc.
Dou-te um exemplo muito fácil: olha os Nirvana. Ouves o Blech, e já tinhas noção que o talento dos tipos estava lá. Mas depois vem um Nevermind e um In Utero e não há comparação possível. :P
Tudo para dizer que nem sempre é mau estares numa major.
De resto, underground \o, mais acolhedor e tudo. :p

André Forte disse...

o Bedlam tem riffs muito king crimson. Aliás, o trabalho de guitarra do omar a partir do frances é fripp. O que é bom, não é qualquer um que faz frippalhices sem afinar a guitarra de forma estranha e sem fripptronics.

E sim, eu percebi o que estavas a dizer, Tiago, mas não resisti a apanhar esse buraquinho :P
Eu sou muito tendencioso em relação a essas coisas e tenho sempre muito medo de tudo com a etiqueta de uma major. Preconceito, sim.

E a cotocoisa é engraçada, sim. Está na onda do Bedlam, bué orelhuda, só que estruturalmente já vi o omar fazer melhor. É só uma amostra, de qualquer forma :P

Tiago disse...

Concordo plenamente. :)
Acho que é o álbum "mais Crimson" dos Volta.

Hehe, percebo a tua cena. Eu não tenho problemas com essas etiquetas, desde que a música continue a ser estimulante, há muita coisa mainstream que não é para o meu gosto, mas sei que tem o seu valor e importância. E depois há mesmo aquela música que é mainstream e tem que ser, porque sempre assim foi. Ou o punk hardcore que jamais irá ser mainstream.
No universo em que os Volta estão inseridos é difícil que façam uma coisa fora daquilo em que acreditam. Da mesma forma como tens os Tool a fazer a sua música. Fizeram sempre aquilo que queriam.

Eu gostei bastante dela, por acaso. So caatchyy, capaz de ser o meu single favorito deles. A ver.
Destaco o trabalho vocal. O Cedric está em grande. Também curto o riff. Poder. \o

António Pita disse...

eu acho que quanto mais se compreende Música, menos importancia começam a ter as labels e se se é de uma major ou não, se se é mainstream ou não. Não obstante isso, considero o De-Loused bem mais comercial do que todos os outros. Por causa da voz, determinantemente marcada pelo Rick Rubin.

A verdade é que os riffs fazem lembrar Crimson, mas não tens a explosão e o poder dos TMV nos Crimson. Essa é a visão do óbvio, de que nada nasce de nada. De que nada é puramente original. Nem Mars Voltas, nem SOMAs, nem Mozarts, nem Monos, nem Burakas.

A que eu opto por ter é partir do principio que não se faz nada completamente novo. Sou uma pessoa triste por causa disso. Mas apanho com fusões do caralho =D

Tiago disse...

Ora. :)

lazy exp disse...

Acabei de ouvir cotopaxi e bem... pareceu me que o album promete.De qualquer forma uma musica solta nada diz sobre a obra no seu todo: um album dos TMV. Primeiras impressões sobre a musica, o riff tá la, a voz ja se sabe, a batida em contra tempo da nos vontade de saltar, mas esta me a parecer que ainda falta alguns arranjos e mais alguma produção. Aguardo ...o dia 20/06. Obrigado por este momento Mars Voltiano que o blog me proporcionou...após uma frequencia de matematica!!!

André Forte disse...

Não acho que não faças nada de realmente novo; mas certo é que não inventas nada. :P Em termos de Mars Volta, o De-loused é completamente inovador porque mistura algo que nunca ninguém tinha conseguido: punk e progressivo. Dois opostos funcionam tão bem que parecem feitos um para o outro. É disso que eu gosto: quando se salta bem alto. Pode dar uma valente merda, mas quando há coragem para se fazer tal coisa quer dizer que também há capacidade - ou que devia haver. GYBE, Kayo Dot e o De-loused são óptimos exemplos disso, para mim.

Claro que não deixo o preconceito toldar-me as coisas. Mas reparo quando as bandas têm contradições. Começa a cheirar-me a esturro. NIN é mainstream e é bom como o cacete. Tool é um óptimo exemplo, assim como A Perfect Circle e como Mars Volta. E o que realmente me fascina nos meios mais pequenos admito que é a chatisse. Adoro música chata, densa, pesada e indegesta. São coisas que no mainstream não se encontram facilmente.

E, para mim, o Bedlam é o álbum mais comercial de Mars Volta. Toda a produção e estrutura do álbum é muito catchy e pouco elaborada, principalmente tendo em conta o amputechture. Aliás, eu já não o consigo ouvir. Fartei-me. Já o De-loused, apesar de não ser muito complexo, tem uma profundidade e uma intensidade fantásticos; e sendo um álbum muito depressivo, não acho que seja assim tão comercial; e tem o melhor trabalho de bateria dos voltinhas, isso ninguém me tira :)

André Forte disse...

quem escreve mais que eu, quem?

André Forte disse...

ah: os gentle giant já tinham tentado fazer uma espécie de transição entre progressivo e punk. Acontece que perdeu a piada, porque se tornaram numa banda punk que sabia realmente tocar.

Tiago disse...

Concordo com tudo o que dizes, uma vez mais, André. :)

Só discordo da cena do Bedlam, mas eu tenho uma certa dificuldade em falar do termo comercial. Sei lá, chamo comercial na boa às bandas das novelas da tvi, em que o propósito é mesmo esse: vender, ganhar projecção através da novela, merchandise, etc. De resto, acho bastante relativo.
Se por um lado adoro a música "indegesta" de que falas, também curto música catchy, e o Bedlam é um execelente exemplo. E olha que não é assim tão pouco elaborada. :p
Tens o melhor trabalho vocal de sempre da banda, tens riffs do cacete, tens teclas em grande (Goliath, vénias), tens um trabalho de bateria do cacete (melhor que o Amputas, i think), baixo, produção, etc. Já o Amputechture (que adoro), não acho que no colectivo tenha tantos pontos fortes quanto o Bedlam.

O De-loused, é claramente a obra prima. :)
Demasiado bem feito, soa tão fresco como quando foi lançado e todos os pontos são fortíssimos.
Melhor trabalho de bateria dos Volta? Concedo. :p Mas dá tempo ao Pridgen, ao vivo já provou ser superior ao Theodore, agora é deixar o miúdo gravar mais álbuns. Já agora, um gajo como o Theodore é um crime estar parado.
De resto, ora aí tens o exemplo de um álbum catchy que curtes, haha. :p

António Pita disse...

Porra, que forum fantástico xD

Para mim, o De-Loused é genial nesse ponto que referem, do punk meets prog, mas perde um bocadinho para os outros pela falta de molhinho. Não há uns soprozinhos, não há umas cordinhas fora do normal, etc. Também de outra forma não poderia ser a tal fusão que é.

O Bedlam fascina-me pela capacidade que tem em ser sempre diferente, tem várias camadas, parece-me. E a voz, puxa vida =)

André Forte disse...

o trabalho vocal do de-loused também tinha de ter aquela sujidade... Afinal é pós at the drive-in! Tem de ter um bocadinho de punk!

E quando falo em trabalho de bateria, refiro-me sempre a composição. Nunca vi o Theodore ao vivo, mas pelos vídeos e por aquilo a que assisti por duas vezes parece-me que o improviso e a energia do Thomas são do outro mundo. No entanto, o Thomas é barulhento, tem de estar sempre lá a fazer espalhafato (em paredes tiveram de o mandar calar); o Theodore tem uma qualidade que eu aprecio muito em bateristas que é o estar lá atrás, ninguém liga muito, mas se lhe prestas atenção tens de ficar boquiaberto, que o gajo tem pormenores incríveis. Os pormenores do Thomas tentam assaltar-te os ouvidos com violência :P eheh.

E tens razão, Tiago, quando dizes que o Bedlam puxa mais pela banda enquanto conjunto de pessoas felizes por tocarem juntas. Na minha opinião, é o mais interessante do álbum. De resto, gosto mais das melodias dos outros álbuns; este tem bons riffs, mas os outros tinham grandes frases de guitarra e dos quais ainda não me fartei :D

André Forte disse...

E, eh pah, António, é a mistura punk-meets-prog que exige que o álbum seja mais cru e directo, com falta de molhinho. Ele sabe-me tão bem sequinho, sem azeitei :D ahahahahah!

Acho que fui o primeiro a dizer que Mars Volta é azeite em algum tempo, nestes cantos! ^^

Tiago disse...

Tens razão, mas não deixa de ser inferior ao Bedlam. :)

Se observares bem, o Theodoro não é tão tecnicamente, é mais "tachereio", enquanto que se olhares para o Pridgen a tocar, vês que ele tem técnica. Repara na forma como ele segura as baquetas!
É fácil perceber qual o motivo por qual ao Pridgen faz parte dos Volta. É mesmo isso que referes, grande capacidade de improviso, e qual a imagem de marca deles ao vivo? Jams! O Omar pode improvisar e solar à vontade que tem uma secção rítmica de luxo! E não esquecer Alderete!
Mas também gosto muito do Theodore!

O mais interessante, é reparar que os Volta mantêm sempre um nível de qualidade muito, de álbum para álbum muito similar!
Podem tornar-se a um caso sério nesta década e na próxima se a tradição se mantiver.
Nesta década a editar álbuns, penso que os QOTSA são a banda mais forte nesse aspecto a par de TMV.

E o azeite de TMV é virgem. :p

André Forte disse...

azeite virgem extra! ^^

André Forte disse...

Acho discutível que o Pridgen seja tecnicamente superior. O Theodore é um grande baterista também e tecnicamente não é nenhuma criança. Concordo que o Tomasito se porta melhor no que toca a improvisar, mas acho que o Theodore, para segurar a música, é melhor. Melhor, vá, não sei; é mais o género de baterista de que eu gosto - está lá sempre, não faz demasiado barulho e não abafa os outros instrumentos, mas está sempre a gozar na cara.

Para mim, só há mesmo uma verdade inegável: o Theodore, no que toca a compor linhas de bateria, dá cartas ao Tomasito. É outro jogo, completamente.

E no que toca à "qualidade" dos álbuns, nunca vamos estar de acordo, Tiago :)
Para mim, o Bedlam é claramente o pior. O melhor depende dos dias, mas como é difícil haver um em que o Deloused me caia mal, terei de ir por esse.

Mas estamos de acordo quanto à qualidade: de álbum para álbum eles não se portam mal. Se também tivermos em conta o ritmo com que compõem (este próximo álbum, para eles, já deve ser "o anterior"), as coisas devem correr bem.

Tiago disse...

Eu não acho. Repara na força e técnica com que dá o Pridgen, ele não tem de dar com muita força!
Já o Theodore tem de imprimir mais força e ha pormenores que ele não faz tão bem.. Mas eu adoro o Theodore, atenção, o De-loused é o meu trabalho favorito de bateria!
A verdade é uma: o Theodore gravou 3 álbuns de estúdio. O Pridgen ainda só gravou um! Dá-lhe tempo.. o Bedlam já demonstra muita qualidade.. deixo-o marcar mais terreno, não tenho dúvidas que se continuar assim, é na boa o melhor baterista da geração dele!
E pensa agora que o Theodore, de momento não tem nada de especial.

Eu acredito que o De-loused e Bedlam respectivamente, são os melhores álbuns de Volta.
Tanto o Frances como o Amputechture perdem em trabalho vocal, teclas ou de bateria, penso.
E não te esqueças que são os discos que melhor os representam, pelo menos assim acho.. e o Bedlam parece ganhar prepoderância, Cotopaxi faz lembrar alguma continuidade de Bedlam.
Quanto ao De-loused, esquece isso. Intocável!

Sim, muito regulares nesse aspecto. E a compor tão rápido (e se supusermos que vão manter o nível qualicativo), podem ser um sério risco nesta década e na próxima, não é comum nos tempos que correm uma banda lançar em curto espaço de tempo e manter o nível de qualidade dos álbuns muito regular.

António Pita disse...

Eu vou continuar a bater nesta tecla, porque acredito piamente que seja verdade. O Omar é que compõe também as linhas de bateria. Consuante quem tem ao lado, claro está.

Digo isto apenas porque em entrevistas quando o Theodore saiu eles fazem muita questão em dizer isso. Adoro mau ambiente xD

André Forte disse...

Sabes que essa história de ser o Omar a compor tudo, para mim, é mal contada. Não duvido de que ele não saiba aquilo que quer ouvir, mas também não sufoca a criatividade dos músicos com quem toca. Pelo método que, supostamente, eles utilizam, os álbuns de Mars Volta teriam interpretações muito impessoais, e isso não se verifica.

Mesmo que seja verdade, a produção do Deloused foi feita também pelo Rick Rubin e se calhar por isso é que o Theodore fez o que fez.

E tens razão quando dizes, Tiago, que o Thomas tem uma forma de tocar muito mais "ligeira" e "suave". Mas já não concordo quando dizes que o Theodore não tem nada de jeito actualmente, porque os trabalhos de bateria dele no EP de One Day As A Lion são muito bons - a Last Letter então é brutal.

Mas, com isto tudo, temos estado a comparar dois bateristas muito diferentes. Ambos muito bons, mas diferentes. Não acho que o Thomas alguma vez consiga compor linhas de bateria como o Theodore, mas também te digo que, apesar do espalhafato, dá mais gozo ver o Thomas nas Jams, porque esse é realmente o terreno dele e há poucos como ele - estou a excluir o Theodore, porque ele não era grande coisa a improvisar daquela forma, apesar de segurar a música de uma forma diferente.

Uma coisa é certa: ainda bem que entrou um baterista novo, porque revitalizou a música dos Mars Volta completamente. Apesar de gostar mais dos outros álbuns, acho que o Theodore já não se mexia tão bem nas estruturas em que eles tocam agora e o seu género, em Mars Volta, estava esgotado. Depois era mal-disposto. Em sentido de humor ganha o Thomas.

Tiago disse...

Também me custa a crer que a criatividade seja assim tão sufocada. Mas se calhar é o Cedric que compõe as linhas de bateria. xD haha

André, curto bastante o ep, tem um excelente trabalho, perfeitamente de acordo, mas não achas que é pouquíssimo para um baterista da qualidade dele?

Sim, são diferentes. O Theodore aguentou-se enquanto a cena dele ainda "dava", mas o Omar já queria outro tipo de trabalho. Tendo em conta a idade e tudo, os Volta acho que ficaram a ganhar com o Pridgen.

E aqui nada a apontar. :)

António Pita disse...

Eu acredito piamente que seja sufocada. E soa assim porque são músicos de enorme qualidade, todos eles. Isto, independentemente do resto, não tem discussão.

Não é que queira muito que seja só ele, que isso tire alguma possível magia à coisa. É simplesmente porque acho estranho que nenhum deles venha a público dizer "na na, o seu a seu dono". Percebem?

André Forte disse...

não ganham nada com isso, António. O peixe parece sempre mais com esse mito do Omar fazer as coisas sem ninguém perceber bem o quê. Não duvido do génio dele, repara. Eu é que não aguentava se ele começasse com essas merdas e mandava-o dar uma volta. E estão ali músicos que podiam estar a tocar com qualquer gajo que tenha dinheiro para lhes pagar. Eles gostam daquilo. Música é uma linguagem e uma forma de arte, só faz sentido quando te deixam expressar livremente.

E eu gosto das linhas de bateria do Cedric. Pelo menos em De Facto, têm pinta ^^

Tiago, quanto ao EP, acho que está muito bom, tendo em conta que o Theodor tem de aguentar a música mais ainda que numa banda normal, visto que não tem um baixo a apoiar, sequer, e que o Zach não é um Omar, a fazer melodias do arco da velha :P Acho que ele pode melhor do que aquilo, mas ali não dá para muito mais.

E pronto, concordamos quanto ao Thomas estar em Mars Volta muito bem. Eles precisavam de um ar fresquinho e na bateria veio mesmo a calhar.

André Forte disse...

eu estou é sempre a esquecer-me que o melhor álbum de Mars Volta é, sem dúvida(!!!!), o Scab Dates. Grandioso...

António Pita disse...

A música é uma linguagem e uma forma de arte. Mas não concordo que só faça sentido livremente. Por esse prisma não se tocariam ainda hoje peças de qualquer autor clássico, pela simples razão de que nenhum música de renome estaria para lhes pegar. E o certo é que pegam e ganham brutalidades. A fazer o que, na prática? A dar uma interpretação sua da música de alguém. Que é, a meu ver, o que os músicos do TMV Group fazem. E daí o terem todos algum projecto/banda/whatever para se expressarem originalmente.

E sim, o Scabdates é um album de uma qualidade inacreditável.

André Forte disse...

Para começar estar a comparar escolas diferentes: o pessoal dos TMV não é músico de conservatório e o processo criativo faz parte da forma de estar deles. Se fossem simples intérpretes o improviso não era a coisa deles.

Depois, um intérprete de música erudita continua a fazer uma interpretação pessoal do que toca, e a liberdade de trabalhar a música de alguém a nível de estrutura, andamento, tom, etc., não fica excluída à partida. Pelo contrário! Isso é uma forma de liberdade, a liberdade de interpretar livremente o que o outro faz. Para mim há um exemplo claro disso: Bach, suite de violoncelo 1 (acho eu que é esta), prelúdio. Vê a quantidade de interpretações que existem lá.

Mas como te disse, a interpretação não é a escola dos TMV, custa-me a acreditar que o Omar seja ditador a esse ponto. Nem os Cult of Luna, que dizem trabalhar segundo uma "ditadura da composição", dizem que é o Pearson que faz tudo (nunca teriam aquelas baterias do Thomas Hedlung se fosse o Pearson a compor tudo).

Acho que o Omar faz condução do processo criativo, mas duvido que o abafe completamente.

.:. disse...

Estava conversando com a minha namorada sobre o regime ditatorial imposto por Omar. Sobre isso, confesso que fiquei muito feliz ao ver Adrian e Alderete recebendo aquele grammy. Ontem mesmo estava procurando por informações sobre o Adrian e descobri muitas coisas interessantes sobre a vida musical dele fora dos domínios do TMV e é impressionante.
Já sobre Octahedron, tenho certo receio de que a banda se vire para o lado das doletas, sinceramente. Eu já vi entrevista do Cedric dizendo o quão difícil era receber dinheiro da Universal e que eles precisavam de mais grana pra poder pagar por todo gear que a banda usa. Espero estar errado já que, embora tenha gostado de Cotopaxi e Since we´ve been wrong, Octahedron me parece ser um disco mais acessível ao grande público. E esse nem é o grande problema(visto que o fato de serem mais pop poderia garantir um show aqui no Brasil), o problema real seria uma gradativa perda da identidade musical dos TMV. Sinto falta de um de-loused ou, do melhor de todos sem pestanejar, Frances.

Um forte abraço aos colegas portugueses.

Anônimo disse...

Vocês são perturbados.

António Pita disse...

Um abraço também para ti. Quanto ao que dizes, e tendo já 4 músicas disponíveis, é sem dúvida uma mudança de rumo, mas que nem por isso levará forçosamente a ser mais acessível. Vamos ver como é o album completo.

Caro anónimo: Eu pessoalmente sou, agora o resto do pessoal pode não ser. Não sei.